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StartApps

Um blog de Teresa Noronha sobre Startups, Apps e empreendedorismo em português.

Conselhos para mudar de vida

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Todos os dias pessoas diferentes, com realidades distintas colocam em causa a sua vida profissional. Quando a situação fica mais caótica como instinto de sobrevivência essas pessoas viram-se para novas áreas, diferentes, “mais criativas”, que lhes dão mais prazer e que muitas vezes se tornam no sonho que um dia se vai realizar.

 

Todos os dias, outras pessoas que já passaram por esta mesma fase se deparam com o facto de o seu sonho não passar disso mesmo, e por isso terem descurado a parte que faz com que esses projetos se mantenham vivos, a sustentabilidade financeira. Sim, nos sonhos não é necessário pagar nada (digo sempre isto ao meu marido quando estou a falar de viagens) mas na vida real é.

 

Bem sei, posso não estar a ser a pessoa mais inspiradora, mas gosto de colocar os pés no chão ou que me coloquem a mim, quando os levanto no ar. A pirâmide de Maslow também se aplica aos projetos empreendedores pessoais e se são para se tornarem a principal fonte de rendimento, então estudem bem o que estão a seguir aplicando um modelo lean canvas ou similar, porque em qualquer relação com mais ou menos sonho, existe sempre uma conta de razão entre o deve e o haver.

 

Percebam se têm um projeto viável, quem é o vosso cliente final, em que local da cadeia de valor se vão posicionar, se se querem diferenciar, se têm uma almofada financeira, uma estrutura de suporte que não vos sufoque com custos fixos e empréstimos cíclicos. O Salto do Herói deve ser devidamente calculado, como o salto do trapezista que depois de muito treino coloca uma rede por baixo, não vá o salto na hora h correr mal.

 

E nos casos de pessoas empregadas, o meu conselho é que a alteração seja gradual, para que o risco seja mais controlado. Nestes casos, por norma, passam a ser sacrificados os “tempos livres” que passam a ser ocupados pelo projeto dos nossos sonhos e aí começamos a sentir se de facto o sonho é o que esperávam e tráz mesmo aquela realização pessoal toda ou se o sonho não passa disso mesmo. Neste cenário percebe-se bem se o tema é o que se faz ou se são as dificuldade de adaptação às rotinas, as resistências em assumir a responsabilidade e o desfoque em persistir ou se se trata sim do exercício do sonho de algo diferente. Quando se começa a realizar o sonho fica bem peneirado e fica por aqui! Não era isto, ficou ao lado. Se se ultrapassa essa fase, bora lá para a frente avaliar a próxima etapa e equacionar a viabilidade de ser uma fonte de rendimentos. E aí, estamos perante um período de second life, assumidamente lá à frente a vida vai mudar, vamos em frente, mas vamos com os pés no chão e cabeça no ar. Aí podem surgir as necessidades de financiamento, de investimento ou outras e essas devem ser sempre graduais.

 

Caso esta hipótese seja colocada a uma pessoa desempregada ou em inicio de carreira, aí os cenários são outros e abordarei as hipóteses de financiamento mais à frente.

 

Caso possa ajudar com algum tipo de informação, estejam à vontade. Coloquem os vossos comentários!

 

Fotografia Lais Pereira