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StartApps

Um blog de Teresa Noronha sobre Startups, Apps e empreendedorismo em português.

Questões filosóficas: Tantos eventos gratuitos no Natal

Ando intrigada, é verdade, muito intrigada. A oferta de atividades de Natal sem valor associado para as famílias este ano, na zona de Lisboa é brutal.

Eu sei, eu sei que deveria estar contente e entusiasmada por ter tantas possibilidades, mas começo-me a questionar se as pessoas que lá estão a trabalhar também o fazem de forma gratuita e pronto... surgem as minhas questões relacionadas com a nova economia.

Sei que são simpáticas, que parece que gostam do que fazem e que nem sempre o dinheiro é o que nos move, mas pronto, uma pessoa não deixa de pensar só porque está tudo contente e porque é Natal.

Recordo-me de há cerca de um mês estar a falar com uma rapariga alemã que esteve alguns meses em Lisboa, que se questionava como é que conseguiamos ter tantas opções e tanta capacidade de fazer coisas com os ordenados que ganhavamos... a verdade é que de facto nos ajustamos, que fazemos escolhas e quem viveu lá fora sabe bem que muitas vezes com o dobro do ordenado não se consegue fazer metade do que fazemos cá.

Mas a minha dúvida é: "Como é que tudo isto se está a encaixar?" Como é que é possível chegar a Sábado de manhã e pensar: hoje não sei se hei-de ir ao Reino do Natal a Sintra, à Vila Natal a Cascais se fico mesmo pelo Wondeland do Parque Eduardo VII, ou se vou à Nova Feira Popular em que os carrosseis no Sábado eram todos a 1 Euro. Fora os concertos e ciclos de cinema de Natal.

Como é que isto é possível, não sei. Como é que os economistas explicam isto, gostaria de saber. E que é dificil de explicar a uma pessoa que vivem em Berlim, acreditem que é!