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StartApps

Um blog de Teresa Noronha sobre Startups, Apps e empreendedorismo em português.

2016 em Balanço

2016 trouxe-me a ideia do blog. O blog que surge como um novo começo para me colocar a par do que está a acontecer no mundo das Apps mobile.

Quando entrei no mundo do trabalho utilizavam-se aplicações cliente servidor, depois veio o paradigma da internet. Tenho de confessar que a vontade para me atirar ao mundo mobile foi muito resistente.

Depois de um almoço com um amigo, em que falávamos precisamente da inevitabilidade de tecnologicamente me vir a dedicar às Apps, mesmo que não estivesse a trabalhar de momento com elas, era incontornável. Resisti, mas pesquisando, baixando Apps atrás de Apps e utilizando as que faziam sentido.

Quando no final do curso de formação de formadores pediram para desenharmos um curso e consequentemente a sessão de formação, já todos sabiam o tema a abordar… excepto eu. Até que voltou a ideia das Apps, algo prático, com possibilidade de experiencia e que pudesse cativar a audiência. Comecei pelo ePark, tal como no blog.

O blog, foi de início a garantia que me iria dar a disciplina de me colocar a par do que existia no mercado, perceber como funcionavam e eram desenhadas as Apps. A forma como um negócio, a informação, o serviço era disponibilizada. Foi esse o início do desafio. A resistência, a aceitação e posteriormente o entusiasmo vieram nas alturas certas. O blog continua a ser uma disciplina para mim.

Analisei mais de uma centena de aplicações. Queria conhecer a face humana e o conceito que está por trás das Apps portuguesas. Descobri o que move os empreendedores e admiro-lhes a capacidade de aceitação, do risco enquanto vou desmascarando todas as ideias pré concebidas do que é ter um negócio próprio em modo startup.

Percebi que contrariamente ao que se tenta mostrar os horários são mais exigentes, que a vida pessoal e laborar estão completamente integradas, que para se fazerem omeletes é preciso criar os ovos e que toda a energia vem do poder fazer da sua forma, da melhor forma, como sempre se sonhou. Que todos os obstáculos têm de passar a ser motivação, mas que não existe areia na engrenagem, até porque quem engrena tem de resolver o que há para fazer.

Sinto a criatividade jorrar a rodos na tecnologia, como em nenhuma outra era. O potencial criador ao serviço da sociedade e a criação de paradigmas completamente novos são extraordinários. Desde os óculos virtuais para refugiados à troca de serviços em moeda internet, passando pela grande problemática da possibilidade de estarmos sempre conectados, mesmo quando não há rede… essa internet das coisas que não sei onde nos vai levar.

Tive a sorte e o gosto de acompanhar o Web Summit e toda a bolha de expectativa que existe em torno do mesmo em Portugal. O Web Summit estará por Lisboa pelo menos até 2018 com a possibilidade de continuar. O caminho está no começo, mas Lisboa já está na rota de muitos investidores.

Enquanto vou observando, questiono-me muito sobre tudo o que se está a passar. 

Num mundo carregado de pressas eu preciso desligar. Ninguém se cumpre virtualmente. Somos humanos, temos de nos relembrar de onde vimos e para onde vamos. A natureza falará sempre mais alto e a sociedade pode criar opções mas não pode criar a vida. Esse tempo precioso que vai passando.

Em 2017 espero que o blog me continue a dar a possibilidade de aprender, de ensinar, de partilhar e de dar a conhecer.

Agradeço a todos os interlocutores que me receberam e que me deram a oportunidade de os conhecer e partilhar as suas histórias, cada um na sua forma de viver e de fazer cumprir com o seu sonho e de forma integrante na sociedade. 

Um excelente 2017 para todos os que me têm vindo a acompanhar. Bom Ano!