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StartApps

Um blog de Teresa Noronha sobre Startups, Apps e empreendedorismo em português.

À Conversa com #10: Ana Ventura da TeamOutloud

Com presença na consultoria nos últimos 15 anos, tornou-se empreendedora depois de desafiada pelo co-fundador da TeamOutloud  o Pedro. Considera que as mulheres fazem aquilo que querem e lhes interessa fazer de acordo com os seus gostos. Que o género também tem vantagens dentro do mundo da tecnologia e de Startups. É uma mulher que não se apresenta com fragilidades e que considera que todo o seu percurso veio desembocar no que é: uma empreendedora. Com a garra de quem tem uma vida ativa, considera que o mundo das Startups está a influenciar a vida no mundo. Ana Ventura é co-fundadora da TeamOuloud

 

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Ana, quando é que surgiu o empreendedorismo e as Sartups na tua vida?
Surgiu por desafio, quando o Pedro, co-fundador da TeamOutloud me introduziu no meio e começamos a pensar em soluções para apresentar ao mercado. A TeamOutloud é o nosso terceiro projeto e assim que entrei no mundo do empreendedorismo percebi que toda a minha carreira profissional e formativa vinha confluir a esta função. Foi como chegar a casa e perceber, é aqui!
 
 
Porquê uma solução de Hotelaria?
A TeamOutloud surge porque o Diretor de Recursos Humanos de uma cadeia de Hotéis nos desafiou a criar uma App que criasse uma comunidade entre os colaboradores do Hotel e funcionasse como rede social de partilhas, para promover a motivação destes recursos, cuja função depende muito da sazonalidade ao longo do tempo. Quando nos apercebemos que este tema não era especifico daquela cadeia, mas transversal a toda a realidade Hoteleira, decidimos apostar e no Web Summit de 2015 em Dublin testamos a nossa ideia, apresentando a mesma e recebendo o feedback por parte das pessoas que nos abordavam no stand e aí percebemos que havia potencial e começamos todo o processo, também com apoio nas nossas experiências de projetos realizados.
 
 
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O tratamento do empreendedorismo no feminino é tratado com diferença ou com naturalidade no dia a dia?
Hoje em dia fala-se muito neste tema, mas por exemplo quando eu entrei na consultoria, há mais de 15 anos, num grupo de 35 que entramos eramos três mulheres. Porquê?! Porque as outras mulheres não queriam fazer consultoria, queriam fazer outra coisa qualquer. Se não estão na política, se não estão mais noutras áreas, é porque valorizam outras coisas e muito bem. Eu acho que as mulheres fazer aquilo que querem fazer, que têm formação para fazer e que gostam. E também acho que no sentido de sobressair numa multidão, quer nas Startups quer na consultoria ser mulher é uma vantagem, porque automaticamente os olhos se viram para quem foge ao padrão.
Relativamente a diferenças nas Startups, até julgo que sinto mais diferença na idade. Embora existam algumas exceções a realidade do empreendedorismo é numa faixa etária muito jovem e sente-se mais que as coisas estão feitas para essa faixa etária que se vai encontrar.
 
 

Como é que define o seu percurso profissional?

Considero que foi um bom percurso, que foi por um lado natural e por outro que se complementa. Os passos que segui considero que foram os naturais face ao meu conhecimento e as circunstâncias do mercado. Estou onde gostaria de estar... precisamos escalar mais a nossa solução e gostaria de criar novos projetos. Ainda há muita coisa que gostaria de fazer. Ideias não nos faltam e sei que é por aqui.
 
A junção da TeamOutloud com outras Startups para uma solução de Hotelaria como é que surgiu?
Um dia houve esta ideia de juntar as várias startups de Hotelaria e apresentar as mesmas como um todo, para podermos num mesmo encontro apresentar as nossas várias soluções que são complementares. Assim surgiu a Hotel Up. É uma boa forma de unir esforços e multiplicar contactos. O consórcio tem como objetivo partilha de boas práticas em Hotelaria.
 
 

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Quais são as suas Startups e Apps de Referência?
Não sendo muito original as minhas referências são a Airbnb e a Uber. Porquê?! Porque as utilizo com frequência, porque mudaram a minha vida e porque tiveram o poder de colocar em causa os modelos de negócio instalados. Eu adoro utilizar ambas as soluções e acho que são inspiradoras para que muitas pessoas possam criar novas soluções que coloquem em causa os modelos atuais.
 
 

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Fotografia Lais Pereira

O voo atrasou, pode ter dinheiro a receber

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Sempre que um voo atrasa podemos ter direito a reembolso, mas na verdade esta declaração soa a mito urbano. Como é que o reembolso se processo? A que valor é que temos efetivamente direito? Onde é que se reclama? 

 

Eu não tinha a mínima ideia, para além de conhecer muitas pessoas que passaram por esta situação e não conhecer ninguém que me tenha contado a estória de ter sido recompensado pela situação.

 

Por isso, quando soube da existência da AirHelp, uma App em versão web, iOS e Android que permite com toda a facilidade verificar se o atraso, cancelamento ou overbooking num voo que tenha ocorrido nos últimos 3 anos tem direito a recompensa, me pareceu uma ideia brutal. Não há nada como arranjar uma forma prática de fazer valer os nossos direitos. Partindo do principio que tal como eu as pessoas não sabem sequer onde se dirigir para reclamar em caso de atraso, para mim qualquer retorno financeiro é lucro.

 

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A AirHelp, apenas no caso de o cliente ter direito a reembolso, cobra uma taxa pelo seu serviço.

 

Os motivos para a possibilidade de ser recompensado são:

  • Cancelamento;
  • Atraso;
  • Voo lotado.

 

Se tem bilhetes de avião dos últimos 3 anos, numa destas situações, tente a sua sorte.

 

 

Tempo contado

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Acredito que o sucesso das vendas online, como de todo o mercado digital é o sucesso de quem pensa em como poupar tempo. A vida acelerada precisa de ajuda e de simplicidade. A comunidade que ajuda, já não é "a vila que cria a criança", é a comunidade facilitadora, integradora mas mais apressada.

 

A consciência cada vez maior e mais atómica de que a vida é finita, que o tempo é a moeda mais preciosa e que o ritmo que imprimimos à vida trás mais qualidade de vida ou maior pressão sobre o cidadão, faz-nos ser criteriosos em perceber como usar esse bem escasso. 

 

Os casos de cancro e de outras doenças com os quais as famílias se vêm a braços e sempre que possível abraços, faz com que a atenção, presença e a valorização das experiências seja o que realmente faz o critério na seleção dos momentos da vida... e mesmo assim, todos os momentos são poucos. 

 

Qual foi a mãe grávida ou pós-gravida que não gostou do conceito de compras on-line, quem não fez a compra de prendas por entrega na net quando estava fora a trabalhar ou fez uma transferência que ajudou a ultrapassar um qualquer embaraço repentino. Quem não gosta de ter disponível a qualquer hora as Farmácias de Serviço. Qual foi o familiar que não pesquisou os sintomas e capacidades de cura de uma doença acabada de diagnosticar e as possibilidades clínicas de poder curar uma doença que passa a ser o centro da preocupação?

 

Acredito que o ritmo acelerou, que a velocidade com que vivemos aumentou e que há mentes brilhantes que tentam ajudar.

 

Quando tanto se fala sobre o que de menos positivo a tecnologia tem, é bom lembrar todos os formatos positivos em que encontramos refugio no dia a dia.

 

Fotografia Lais Pereira

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