Sabem aquelas ideias mesmo boas de coisas úteis e que serão utilizadas com toda a certeza? Esta é uma delas!
A Egg Electronics é a solução para o emaranhado de cabos que durante uma vida rodeiam as nossas secretárias, as traseiras dos nossos móveis de televisão e todo o leque de situações que se relaciona com cabos de electricidade.
Uma solução elegante, super discreta e muito eficaz de uma empresa portuguesa, com certeza.
A Tripaya é uma Startup Portuguesa dedicada ao planeamento de viagens, que é inovadora na forma como permite ver as opções possíveis a partir de um orçamento que é introduzido na aplicação.
O modo de utilização é muito simples e apresenta destinos interessantes e bastante diversificados e de acordo com o tipo de viagem que quer fazer: Romance, Praia, Cultura, Família, Vida noturna, entre outros. A aplicação devolve um conjunto de soluções de viagens que são apresentadas como possibilidade, onde já se encontram contabilizados os voos e estadia no local.
Se estão a planear as próximas férias, experimentem esta solução.
A Tripaya é uma das soluções do Hotel Up. Venceu ontem o prémio inovação NOS na categoria Startups. Com ou sem prémio, é mais uma grande solução portuguesa.
Com presença na consultoria nos últimos 15 anos, tornou-se empreendedora depois de desafiada pelo co-fundador da TeamOutloud o Pedro. Considera que as mulheres fazem aquilo que querem e lhes interessa fazer de acordo com os seus gostos. Que o género também tem vantagens dentro do mundo da tecnologia e de Startups. É uma mulher que não se apresenta com fragilidades e que considera que todo o seu percurso veio desembocar no que é: uma empreendedora. Com a garra de quem tem uma vida ativa, considera que o mundo das Startups está a influenciar a vida no mundo. Ana Ventura é co-fundadora da TeamOuloud.
Ana, quando é que surgiu o empreendedorismo e as Sartups na tua vida?
Surgiu por desafio, quando o Pedro, co-fundador da TeamOutloud me introduziu no meio e começamos a pensar em soluções para apresentar ao mercado. A TeamOutloud é o nosso terceiro projeto e assim que entrei no mundo do empreendedorismo percebi que toda a minha carreira profissional e formativa vinha confluir a esta função. Foi como chegar a casa e perceber, é aqui!
Porquê uma solução de Hotelaria?
A TeamOutloud surge porque o Diretor de Recursos Humanos de uma cadeia de Hotéis nos desafiou a criar uma App que criasse uma comunidade entre os colaboradores do Hotel e funcionasse como rede social de partilhas, para promover a motivação destes recursos, cuja função depende muito da sazonalidade ao longo do tempo. Quando nos apercebemos que este tema não era especifico daquela cadeia, mas transversal a toda a realidade Hoteleira, decidimos apostar e no Web Summit de 2015 em Dublin testamos a nossa ideia, apresentando a mesma e recebendo o feedback por parte das pessoas que nos abordavam no stand e aí percebemos que havia potencial e começamos todo o processo, também com apoio nas nossas experiências de projetos realizados.
O tratamento do empreendedorismo no feminino é tratado com diferença ou com naturalidade no dia a dia?
Hoje em dia fala-se muito neste tema, mas por exemplo quando eu entrei na consultoria, há mais de 15 anos, num grupo de 35 que entramos eramos três mulheres. Porquê?! Porque as outras mulheres não queriam fazer consultoria, queriam fazer outra coisa qualquer. Se não estão na política, se não estão mais noutras áreas, é porque valorizam outras coisas e muito bem. Eu acho que as mulheres fazer aquilo que querem fazer, que têm formação para fazer e que gostam. E também acho que no sentido de sobressair numa multidão, quer nas Startups quer na consultoria ser mulher é uma vantagem, porque automaticamente os olhos se viram para quem foge ao padrão.
Relativamente a diferenças nas Startups, até julgo que sinto mais diferença na idade. Embora existam algumas exceções a realidade do empreendedorismo é numa faixa etária muito jovem e sente-se mais que as coisas estão feitas para essa faixa etária que se vai encontrar.
Como é que define o seu percurso profissional?
Considero que foi um bom percurso, que foi por um lado natural e por outro que se complementa. Os passos que segui considero que foram os naturais face ao meu conhecimento e as circunstâncias do mercado. Estou onde gostaria de estar... precisamos escalar mais a nossa solução e gostaria de criar novos projetos. Ainda há muita coisa que gostaria de fazer. Ideias não nos faltam e sei que é por aqui.
A junção da TeamOutloud com outras Startups para uma solução de Hotelaria como é que surgiu?
Um dia houve esta ideia de juntar as várias startups de Hotelaria e apresentar as mesmas como um todo, para podermos num mesmo encontro apresentar as nossas várias soluções que são complementares. Assim surgiu a Hotel Up. É uma boa forma de unir esforços e multiplicar contactos. O consórcio tem como objetivo partilha de boas práticas em Hotelaria.
Quais são as suas Startups e Apps de Referência?
Não sendo muito original as minhas referências são a Airbnb e a Uber. Porquê?! Porque as utilizo com frequência, porque mudaram a minha vida e porque tiveram o poder de colocar em causa os modelos de negócio instalados. Eu adoro utilizar ambas as soluções e acho que são inspiradoras para que muitas pessoas possam criar novas soluções que coloquem em causa os modelos atuais.
A Startup Lisboa faz hoje 5 anos e Miguel Fontes, Diretor Executivo da Startup Lisboa esteve à conversa comigo sobre a sua missão, o projeto do Hub Criativo do Beato e a Web Summit. Fui recebida como quem é recebido na casa de um amigo e acredito mesmo que este é um dos factores críticos de sucesso da Startup Lisboa. Muitos Parabéns!
Fotografia Lais Pereira
Qual é a maior missão da Startup Lisboa?
Nós somos uma incubadora de empresas. A Startup Lisboa nasceu (nascemos) há 5 anos, no dia 2 de fevereiro e a nossa missão é precisamente essa: incubar os projetos empresariais com características de startup numa fase sempre muito inicial e ajudar os seus empreendedores, os seus promotores a fazerem crescer e escalar os seus negócios. Esta é a nossa missão para a nossa comunidade interna. Concomitantemente a esta temos uma missão maior no sentido de mais aberta e abrangente, que é ajudarmos a desenvolver todo o ecossistema empreendedor nomeadamente em Lisboa, atendendo à natureza mais institucional da Startup Lisboa e ao seu perfil de ter como fundadores o próprio município de Lisboa, o IAPMEI, o Montepio Geral. Não entendemos a nossa missão no sentido de se esgotar naquilo que nós fazemos, mas também em ajudar a desenvolver o ecossistema no seu todo.
Sobretudo na altura do Web Summit falou-se muito do Hub Criativo do Beato, como é que a Startup Lisboa se cumpre na criação deste projeto?
Eu diria que é um novo ciclo, uma nova fase e cumpre-se precisamente aumentando o sentindo da sua missão, para podermos ajudar a desenvolver o ecossistema empreendedor de Lisboa. O Beato é um novo Hub empreendedor e criativo da cidade onde o que impera sejam ideias de inovação e o que se pretende, o que a cidade quer e incumbiu a Startup Lisboa de promover e desenvolver é um conceito que funciona como um agregador do que mais inovador esteja a acontecer no mundo em diferentes áreas. Na área do empreendedorismo, na área das indústrias criativas, na área das Scale Ups (aquelas que já foram Startups e que já não são) e também trazer para o Beato também projetos na área de I&D (Investigação e Desenvolvimento). A ideia é que diferentes grupos de pessoas coabitem no mesmo espaço que é enorme. O Beato estamos a falar de um espaço de uma área de 20 edifícios mais uma área de 35 mil metros quadrados. Vai ter obviamente muitos espaços comuns, muitos serviços comuns. O papel da Startup Lisboa é desenvolver o conceito, e ajudar a cidade a criar essa realidade aí. Não queremos que o Beato substitua aquilo que já existe na cidade, a ideia não é abafar o que existe nem fazer deslocalizar para o Beato aquilo que hoje já existe na cidade, é que o Beato permita identificar boas práticas, nomeadamente algumas delas internacionais e convidar a que players de todo o mundo venham e se instalem em Lisboa. A ideia é que novas incubadoras possam aparecer, que novos espaços de co-working possam aparecer, que novas empresas possam aparecer e assim sucessivamente. Claro que a Startup Lisboa enquanto tal, irá ter uma presença sua forte no Beato, porque vai ser a entidade dinamizadora do espaço, mas é isso. Ainda está numa fase muito inicial, é um projeto com uma enorme ambição e para a Startup Lisboa representa quase uma refundação dos seus propósitos, tal é a dimensão deste objetivo.
Fotografia Lais Pereira
E como é que está a correr o projeto?
Ainda estamos na fase de pensar projeto, o masterplan do espaço, de identificar… vamos lá ver nós estamos a tratar de uma operação grande e complexa, nós estamos a falar de uma cedência de uma propriedade que pertencia ao Estado Português, por um período de 50 anos. Agora a Câmara Municipal de Lisboa ainda está ela a estudar como é que vai desenvolver o projeto em termos dos seus mecanismos mais contratuais e de modelo de exploração. Ainda são temas que estão a ser estudadas e equacionados. A nós o que nos foi pedido foi a visão daquele espaço, o que é que poderá ser. E é nisso que nós estamos concentrados. Depois de tudo isso estar, é óbvio que vamos ter de partir para uma fase de obras, de projetos.
Quando é que isso se irá operacionalizar?
Essa é a pergunta para 1 milhã de dólares, mas ainda não lhe sei responder. Manifestamente este ano iremos começar sendo que a ideia, o modelo que está sobre a mesa é que muito daquele investimento seja suportado diretamente pelos investidores privados, ou seja por aqueles que vão ocupar o espaço, que vão desenhar às suas necessidades e à sua imagem, serão também eles a suportar investimento diretamente, tendo obviamente a possibilidade de amortizar esse investimento no valor das rendas que terão de pagar, de alguma maneira, pela utilização do espaço. Este é o modelo, mas como lhe digo já há muito trabalho desenvolvido. Ninguém podia esperar que um projeto cuja transferência de propriedade foi assinada em junho de 2016, com tudo o que aconteceu o Verão o Web Summit e por aí a fora. É um projeto que nesta fase mais conceptual então exige muito e está a ser devidamente pensado e dimensionado.
Fotografia Lais Pereira
Quando é que entram os primeiros inquilinos?
Não sabemos. Já existem algumas entidades, pessoas que fizeram manifestações de interesse em assumir, na ignorância de toda esta mecânica. O único que posso anunciar já, porque já foi anunciado, é a própria Web Summit que disse que ia abrir escritórios pela primeira vez fora de Dublin, esses escritórios vão ser abertos em Lisboa e foram convidados pelo Presidente da Câmara de Lisboa e aceitaram em instalar-se no espaço do Hub Criativo do Beato. Não sabemos quando, nem onde em concreto.
Isso quer dizer que a Web Summit como escritório em Portugal só será uma realidade quando o projeto estiver concretizado?
Não, acho que não é uma questão. Não lhe sei responder concretamente mas acho que essa é uma questão da Web Summit. Obviamente até haver a possibilidade de se instalarem aí, haverá sempre soluções de transição, alternativas. Julgo que de uma situação não depende a outra.
É bom que se tenha saiba que foi o facto de a Web Summit vir para Portugal que levou a Câmara Municipal de Lisboa a pensar em ceder aquele espaço ao Projeto e que foi assim que surgiu o Hub Criativo do Beato. Sobre a lógica de beneficiar do efeito da Web Summit no tempo.
Qual pensa ser o maior desafio do ecossistema de startups em Lisboa?
Eu julgo que é o do crescimento. É a fase da maturidade agora. Isto é tudo muito novo, Lisboa fez um trabalho espetacular: o ecossistema que criou. Incubadoras, co-works, investidores, fab labs, tudo isto que nós chamamos ecossistema, toda a gente julgo que tem dado um contributo muito relevante. Foi isso que permitiu Lisboa chegar ao patamar em que já está, um patamar que gera enorme curiosidade internacional, em que alguns se atrevem a dizer na imprensa internacional que Lisboa “is the next Berlin” ou que “é São Francisco na Europa” e Lisboa e bem, penso que tem vindo a trabalhar numa identidade, a dizer que Lisboa é Lisboa não queremos copiar ninguém, mas são trends muito favoráveis.
Como é que as Startups usufruíram da Web Summit em Portugal?
Todas são unanimes em dizer que cresceram. Cresceram em número de visitas no caso de negócios baseados na web ou app mobile, oportunidades de negócio, depende do modelo de cada um. Cresceram as possibilidades de acesso a investidores, networking que aumentou, número de relações com parceiros de negócio, a base de clientes e isso é completamente inquestionável.
Fotografia Lais Pereira
Quais são as Apps que utiliza regularmente?
Todas as ferramentas de trabalho como o mail, as colaborativas (instagram e facebook, twiter, messanger e whatapp, linkedin) a e-park, as Apps de comunicação social quase todas, nacionais e internacionais, o booking, a uber, homebanking
A EatTasty tem um conceito de criar receitas por um chefRúben Couto de excelência, produzir comida em casa por cooks do Bairro que entregam comida caseira e quente aos clientes finais, por drivers simpáticos e que gostam do que estão a fazer. Um negócio bonito, dizem eles, com uma forte componente de integração Social.
Estive à conversa com eles, no seu local de trabalho atual, a Bright Pixel, incubadora do Grupo Sonae.
Fotografia Andreia Trindade
Como é que tudo começou?
Eu (Orlando) e o Rui trabalhávamos juntos na BySide, mas já nos conhecíamos antes. Tínhamos discussões correntes sobre negócios. Isto surge uma vez num jantar num restaurante no Porto, que é barato e a comida é caseira. O Restaurante chama-se “Sai Cão”. Nós estávamos lá a jantar num dia de semana e começamos a questionar o porquê de as pessoas estarem lá. Começamos a deduzir que provavelmente as pessoas estariam lá pelo prazer de estarem a comer comida caseira sem cozinhar e estavam lá porque não tinham alternativa para o estarem a fazer em casa. Reparamos numa família em particular que estava lá mesmo só para comer, não estavam a falar ou a partilhar um momento uma conversa. Nós começamos a pensar qual seria a forma possível de disponibilizar a experiência de um restaurante caseiro, em casa das pessoas. Criamos então este modelo de comer comida caseira sem cozinhar.
Qual é que foi o caminho que fizeram até aqui?
Pesquisamos muito, estudamos a valer, aplicamos todos os modelos que existem. Identificamos as nossas falhas, depois começamos a falar com os investidores. Quando começamos a falar com os investidores percebemos que apesar do estudo e dos modelos não tínhamos a resposta para a maioria das perguntas que nos eram colocadas. Depois fomos evoluindo e o número de perguntas sem resposta foi diminuindo. Fomos pesquisando ainda mais, falamos com os palyers do mercado, pedimos ajuda e fomos ajudados, até que chegamos ao momento em que conseguimos convencer pessoas de que isto era possível e aí fechamos um pre-seed round. Despedimo-nos e viemos para Lisboa, começamos em Fevereiro. Arranjamos uma casa, tinha cozinha, que era coisa que dava jeito e montamos a empresa. Contratamos um chef que acreditamos que é a pessoa certa para o projeto e que também acreditou em nós e que criou as receitas e começamos a produzir e a vender logo, sem tecnologia, eramos nós que fazíamos tudo. Íamos às compras, testávamos as receitas e estregávamos. Nós fizemos questão de fazer todos os papéis antes de os entregar. Fizemos de tudo inicialmente, com o Rúben Couto a cozinhar em casa e nós a testar, a comprar os ingredientes e a entregar.
Depois durante um tempo estivemos na Uniplaces e depois entramos no Lisbon Challenge e aí andávamos entre casa e o Lisbon Challenge.
A fase inicial foi uma pesquisa muito grande de produção de receitas. É um desafio pegar em receitas, na lista de ingredientes e com o custo que nós podemos ter desenvolver comida interessante. Este foi também um desafio que também foi um desafio para o chef, porque uma coisa é fazer comida para comer na hora, no prato e outra coisa diferente é fazer comida para ser embalada, que vai ser transportada para ser consumida até duas horas.
Depois ganhamos o prémio Caixa Award do Lisbon Challenge e entretanto entramos para a Bright Pixel, tivemos o investimento da Sonae.
Fotografia Andreia Trindade
Como é que se pode ser vosso cliente?
É ira a www.eattasty.com, a pessoa regista-se, esse registo gera uma lead para nós onde se encontra identificado o nome da sua empresa e nós depois entramos em contacto. Neste momento.
Para conseguirmos que as pessoas comprem comida ao preço que compram com a qualidade que existe e para que seja entregue quente, nós temos de criar aqui alguns pressupostos. O primeiro pressuposto é que os cozinheiros têm de estar próximo dos clientes. Eu não posso entregar refeições no Parque das Nações se tenho os meus cozinheiros no Saldanha. Isto porque a comida não iria chegar quente e porque não permitiria praticar os mesmos preços, porque teríamos de ter uma logística muito ineficiente. Por exemplo a média de entrega de pizzas é de cerca de 3 a 4 refeições. Nós podemos entregar numa hora entre 20 a 30 refeições. Isso porque nós nos focamos na premissa do bairro, da proximidade entre os cozinheiros e clientes e isso obrigou-nos a tomar esta decisão numa fase inicial, que é vendemos em determinadas áreas, em determinadas localizações. Porque nós também nos inspiramos no Maple.com, que é um food delivery nos Estados Unidos, em que eles funcionam quase street by street. A razão que eles advogam é que se o problema é logística e a logística resolve-se encurtando distancias, (e ainda há a questão da entrega da comida quente), se estamos nesta rua nós apostamos nela até que toda a gente nos conheça. Daí termos termos mapeado as empresas onde decidimos abrir aos clientes, de acordo com as nossas rotas. Atualmente os clientes fazem o seu request individual na página e nós tomamos a decisão, nesta fase porque a nossa ideia é abrir para todos.
Quando é que perceberam que tinham de fasear esta entrada em produção?
Desde o início, porque tínhamos uma noção, embora não total, da complexidade do que queríamos montar. Não se gere uma frota de drivers sem um sistema de rotas, não se entrega 10, 20, 30 encomendas por hora em 2 dias e a comida tem de chegar quente. Por isso, desde o inicio que soubemos que tínhamos de fechar coisas. A tecnologia foi a primeira a ir para o lado.
Qual foi o vosso maior desafio até agora?
O maior desafio foi fazer receitas a baixo custo, com a qualidade que nós pretendíamos e conseguir que outra pessoa na sua própria casa a fizesse. Este era o maior desafio, este é o desafio do modelo todo. É possíveis pessoas fazerem as receitas que nós desenhamos, com a qualidade que nós queremos, em casa? Sim ou não? Se isto não acontecesse nós não poderíamos ter a visão de ter uma comunidade. E o que estamos a provar todos os dias é que são capazes.
Houve mais desafios e têm sido sempre diferentes, começando com desafios muito fortes operacionalmente, porque estamos a falar de um negócio com 3 partes: os drives, os cozinheiros e os clientes, o que exige um grande controlo da cadeia toda, mas que é baseado em parceiros. Quem entrega a comida não somos nós, quem entrega os ingredientes para a comida é o Continente, nós estamos ligados a eles. Tivemos que criar processos para que diariamente entreguem os ingredientes das nossas receitas. Tivemos de criar workflows de trabalho de maneira a que o nosso chef crie uma receita, essa receita crie uma encomenda, que gere uma encomenda que o continente veja, perceba e que consiga respeitar. Tivemos que fazer muita documentação para os cozinheiros, tivemos de respeitar os HACCP através de um meio digital. Os nossos cozinheiros fazem receção de mercadorias consoante os parâmetros do HACCP, mas em vez de ser feito em folhas como se faz em todo o lado é feito digitalmente. Eles têm campos que preenchem do HACCP.
Fotografia Andreia Trindade
Qual consideram ter sido o vosso maior sucesso, aquele momento em que acreditaram que isto vai mesmo para a frente.
O primeiro foi convencer pessoas a investir nisto. É uma validação, e foi um grande sucesso para todos. Foi no dia 24 de Dezembro, foi na véspera de Natal que fechamos isso. E sim, esse foi o nosso primeiro sucesso. O segundo sucesso foi encontrar uma pessoa que gastronomicamente consiga perceber isto e que seja um gastrónomo e alguém do mundo da comida mas que queira aprender este lado. Os chef por norma querem é trabalhar em restaurantes e nós encontrámos uma pessoa que tem muita experiência, com muito mundo e que nos ajuda a concretizar isto. Porque no final das contas o nosso produto é comida e conseguir alguém que valide isto em termos de comida é também um sinal de sucesso. Porque nós podemos ter os melhores grossistas, a melhor logística, a melhor app, os melhores drivers, se a comida não for boa o modelo não vai funcionar e essa foi também uma grande vitória.
Depois temos tido várias concretizações de passos que muitos duvidavam, como a integração com os grossitas. Temos cooks, drivers, clientes, alguns deles já encomendaram 70 vezes. Estes nossos clientes que já encomendaram 70 vezes, são nosso cliente há 4 meses. Ou seja, já temos clientes que comem quase todos os dias as nossas refeições e é isso que nós queremos. Convencer as pessoas que investem melhor o dinheiro connosco e que poupam connosco, mesmo que achem que 5,90€ não é tão barato, temos pessoas que fazem contas e que preferem comer a nossa comida. Nós queremos fazer parte da rotina das pessoas. O nosso desafio de serviço é esse. Nós estamos ativos desde o dia 23 de Março de 2016, vendendo por WhatsApp, a vender em 4 empresas conhecidas. Quando se fala em lançamento eu acho que o nosso lançamento ainda não existiu. O nosso lançamento enquanto marca a poder dizer, “Está aqui a EatTasty disfrutem!” ainda não foi formalizado. Mas ativamos o nosso negócio começando a vender as nossas refeições, foi no dia 23 de Março. Nós não queremos ser mais uma App de comida, seremos, porque nós acreditamos que esse é um caminho. Estamos a preparar a App para ficar ativa ainda no início de 2017, que ficará disponível para iOS e Android.
Conselho para quem queira começar uma startups?
O único conselho que eu posso dar mais é que é preciso querer muito. Porque vai tudo correr mal, vai tudo correr como não planeado, toda a gente vai comprar, toda a gente diz que é a melhor ideia do mundo, é possível convencer as pessoas, mas nunca nada é bem assim. É acreditar, não há hipótese. Porque a única forma de conseguir aguentar este boom de problemas é porque se quer e se acredita ou provavelmente os problemas vão ganhar.
O que é que vos motiva?
Motiva-nos o contexto atual de estar tudo a mudar e nós acreditamos que também podemos fazer parte dessa mudança. O fato do nosso negócio ser bonito. Nós estamos a falar em contratar pessoas, ensinar pessoas a fazer comida, a cozinharem na sua própria casa, pessoas de diferentes países. Isso motiva muito, porque nós queremos criar uma comunidade. Nós podermos olhar para a frente e vermos que temos 100 pessoas no escritório e 400 pessoas em casa a produzir, isso motiva muito. É mais do que o dinheiro é o fato do negócio ser assim, ser de comida, pessoas, pessoas a fazer comida em casa, famílias isso para nós é sermos quem somos. O conceito motiva-nos muito mesmo. Porque acreditamos que socialmente somos importantes.
Fotografia Andreia Trindade
Socialmente como é que se integram na comunidade?
Por exemplo, no Natal, durante uma semana todas as encomendas da EatTasty revertiam em 1 euro para comprar ingredientes. E nós posemos os nossos chefs e a nossa comunidade a cozinhar bolos para um evento da AMI em que essa parte foi comparticipada por nós.
Este é um negócio social que é economicamente sustentável. O facto de poder gerar emprego, também nos faz contribuidores e nos move para ajudar a superar problemas sociais.
Quais são as vossas Apps e Start-Ups de referência:
Maple.com, que é um exemplo bom nos estados Unidos. Beepi, porque eles controlam o supllier e garantem que o carro que o cliente está a comprar em segunda mão está em condições, dão garantia. A Uniplaces, porque ao controlarem a fotografia, e garantia de qualidade. E a Uber e a Airbnb porque mudaram o mundo mudando hábitos, que é o que realmente queremos fazer também.
Fotografia Andreia Trindade
EatTasty espero que mantenham o foco, o espirito e muito sucesso!
A EatTasty é uma Startup que assenta num conceito de próximidade. Que faz o bonito trabalho de ligar a comida desenhada por um chef, providenciar os alimentos certos para a confeção dessa receita a um vizinho cozinheiro e entregar uma refeição bem confecionada a um preço simpático, na vizinhança.
Neste momento a EatTasty encontra-se a operar em Lisboa, na Zona do Saldanha e Picoas em escritórios de empresas.
Caso esteja interessado em ser cliente, deve fazer o pré-registo em www.eattasty.com. Caso se encontre na área de distribuição poderá passar a utilizar este serviço que é de comida, mas também é de pessoas e de próximidade. Um negócio bonito, como dizem os seus co-fundadores.
Pode encomendar até à hora de almoço, através da plataforma web, onde é disponibilizado o menu diário, semanalmente. A ementa é composta por pratos de cozinha internacional com sabores portugueses com um toque especial. Há ainda a possibilidade de escolher uma bebida a acompanhar o prato.
Eu, como faço com todos os produtos e serviços sobre os quais escrevo aqui no blog, experimentei e gostei. A comida é boa, o preço é acessível, a comida chega a horas e vem quente.
Ana Paiva Phone Photographys
Se esta for uma opção para si, aposte em experimentar! Em breve a conversa com os fundadores da EatTasty no blog.
Sérgio Oliveira é um dos co-fundadores da Bondlayer, é o responsável pela parte da tecnologia e embarcou na aventura de criar um produto que num único ambiente, acedido a partir da cloud permite criar Apps e Websites de uma forma simples e rápido. Estivemos à conversa Web Summit a perceber o contexto da ideia e a conhecer o produto. Vale a pena.
Porquê o nome Bondlayer?
Chama-se Bondlayer porque se trata de um produto que une camadas: os dados e a camada visual numa única plataforma.
Onde é que se encontram?
Estamos no Porto, nos Maus Hábitos, que é uma venue, estamos no backstage. Estamos muito próximos da cultura. Estamos a participar nos lançamentos culturais, pela proximidade que temos. Este tipo de projetos puxa por nós, porque a relação com a cultura tipicamente é exigente para os designers e é aí que nos estamos a focar na Arte e Entretenimento.
Como é que se conheceram, os fundadores da Bondlayer?
Os fundadores conheceram-se na Nos. O Pedro Moreira da Silva era nosso cliente, nós fornecíamos Apps à Nos e ele era o Gestor de Produto da ativação da marca da Nos. O Pedro também tem uma empresa de investimento. Ele via a rapidez com que nós desenvolvíamos Apps e Websites, que era muito mais rápido do que a concorrência a um preço muito inferior e ficou interessado. Depois como tem essa empresa de investimento contactou-nos à parte e quis saber o que estava por trás daquelas entregas rápidas e a baixo custo e quis perceber se era possível transformar num produto e é isso que temos estado a fazer no último ano. É transformar uma tecnologia que já existia mas que só eu enquanto engenheiro é que podia operar e transformar num produto comercializável. Criamos então uma ferramenta visual de utilização simples.
Fotografia Andreia Trindade
Alguns exemplos da utilização do vosso produto?
O Nos Primavera sound ou o Nos em d'bandada e a App mais recente Fórum do Futuro. Trabalhamos com estúdios de design como R2Design e Pacifica, que têm clientes com notoriedade que estão a também a utilizar o nosso produto.
O que esteve na génese da criação?
Nós eramos uma agencia de devensolvimento e agora decidimos transformar uma das nossas dores que era desenvolvimento rápido de aplicações com um design customizado e com base de dados customizada e transformar isso num produto que todos possam tirar partido e possam usar para criar Apps e websites.
Como definem o vosso produto?
O nosso produto de forma muito simplificada, é uma espécie de powerpoint que funciona na cloud. Podem encontrar o produto no nosso site www.bondlayer.com lá podem desenhar a vossa App e o vosso website. Especificam que tipo de requisitos é que tem, se é um blog, se é um site noticioso, se é um festival. Dizem que tipo de modelo de dados é que esse negócio tem e depois fazem o layout. Tudo isto é feito dentro do nosso produto.
Quem utiliza o vosso produto?
Neste momento o público alvo são os designers: estamos a focar a ferramenta em designers onde eles podem utilizar e aproveitar conceitos de webdesign e aplicálos aqui na ferramenta.
A ferramenta tem painéis que permite alterar propriedades visuais dos elementos com base em CSS, que é a linguagem web para manipulação de visual design, mas não têm especificamente de saber CSS, porque basicamente têm de especificar o tamanho, as cores a tipografia, as formas e é gerado o design que o designer pretende.
Eis um produto de desenvolvimento rápido de Apps e Websites. Caso queiras experimentar, contactei a Bondlayer, tenho a certeza que vão arranjar uma forma de verem o produto para experimentar.